Homenageados

Othon Bastos

Othon Bastos na Terra do Sol - No começo da década de 1940, na cidade de Tucano (BA), o comerciante e poeta bissexto Mario Bastos declamava um poeta paraibano no alpendre de sua fazenda. Família reunida para ouvir versos... Em meio à toda aquela gente, uma criança ainda miúda de idade prestava uma atenção danada àquelas rimas tão incomuns e às palavras tão difíceis de entender. Sabia, porém, que a poética que recheava aqueles versos acendia nele a centelha do ‘ser artista’... Quem era a criança??? Othon Bastos!

W.J. Solha

Incansável Solha: 1/6 de arte multitudinária - No começo da década de 1930, o compositor mineiro Joubert de Carvalho viu ser gravada – e fazer extremo sucesso – mais uma de suas músicas: ‘Maringá’. Joubert – amigo do paraibano José Américo de Almeida – conseguiu projeção internacional com essa canção gravada originalmente por Gastão Formenti e – depois – por Orlando Silva, Tonico & Tinoco, Carlos Galhardo, Socorro Lira e Fagner. Um trecho de ‘Maringá’ diz assim: Antigamente/ uma alegria sem igual/ dominava aquela gente/ da cidade de Pombal”. Pois bem... Esse sucesso de Joubert de Carvalho e a menção à cidade de Pombal foram ‘decisivos’ para que a Paraíba recebesse um artista incansável, irrequieto e multitudinário: o sorocabano Waldemar José Solha.

Cristina Amaral

Cristina Amaral, uma montadora 24 vezes por segundo - Um dos maiores nomes do nosso cinema e com reconhecimento internacional, a paulista Cristina Amaral é uma unanimidade. A respeito dela, o cineasra Carlos Reichenbach costumava dizer: “Cristina Amaral é a nossa Thelma Schoonmaker”, em alusão à montadora dos filmes de Martin Scorsese, três vezes premiada com o Oscar

José Siqueira

O resgate do maestro paraibano que a ditadura apagou - Genialidade musical e um olhar aquilino para reflexões políticas e percepções sociais definem bem José Siqueira, o maestro paraibano que a ditadura de 1964 apagou. Nascido em 1907, em Conceição do Piancó, Sertão da Paraíba, José Siqueira (que dá nome à Sala de Concertos da Funesc, em João Pessoa) é o fundador da Orquestra Sinfônica Brasileira e da Ordem dos Músicos do Brasil. O maestro paraibano, respeitado em diversas partes do mundo, foi ‘apagado’ pela ditadura militar a partir do fim da década de 1960. Proibido de dar aulas e de reger orquestras no País, lutou pela música e pelos músicos. Mudou-se de mala e cuia para a antiga União Soviética, onde está grande parte do seu acervo editado e onde ainda é uma sumidade.

Ely Marques

Ely Marques, um fazedor de filmes - Resistência, talento e entrega. São palavras que casam bem quando o debate gira em torno de Ely Marques. Esse saudoso paraibano é um dos grandes nomes do cinema paraibano. Editor e pós-produtor de dezenas de filmes, curtas e longas em nosso Estado, ele dirigiu seu primeiro curta, o documentário “Um fazedor de filmes’, em 2007.