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Em sessão comovente, “Torre das Donzelas” emociona paraibanos e arranca seis minutos ininterruptos de aplausos

Em sessão comovente, “Torre das Donzelas” emociona paraibanos e arranca seis minutos ininterruptos de aplausos

Uma lição da resistência humana no período da ditadura militar. Assim é o documentário de Susanna Lira, “Torre das Donzelas”, que retrata como era a vida das presas em uma penitenciaria em São Paulo, que ganhou o apelido por agrupar exclusivamente mulheres. Elas revisitam a sua história em relatos carregados de emoção. Com uma narrativa diferente da usualmente utilizada quando se fala sobre as violações de direitos humanos do regime militar, a produção joga luz ao afeto desenvolvido entre essas mulheres dentro do cárcere. Uma das personagens do filme foi a ex-presidente Dilma Rousseff. 

A exibição do documentário aconteceu na noite desta sexta-feira (7) em João Pessoa como parte da programação do Fest Aruanda, maior festival de cinema do Estado e que reúne filmes, diretores, produtores, artistas e amantes do cinema. Durante a sessão – uma das mais esperadas de todo o festival – homens e mulheres se emocionavam com as histórias de torturas,  de reencontros com dolorosas e traumáticas memórias, ao passo que também destaca a importância da resistência política de cada uma das ex-presas políticas. Assim como no Festival de Brasília, onde foi aplaudido de pé, na sessão em João Pessoa, obteve seis minutos de aplausos ininterruptos de uma plateia emocionada.  “Extraordinário, fortalecedor e muito sensível, principalmente neste momento e que as mulheres precisam se reorganizar e captar nessas mulheres uma referência de força”, disse Jane Simplicio, professora. A estudante de Psicologia Emanuele Costa também aprovou. “Foi tocante esse resgate do momento histórico da ditadura, Apesar de dolorido, o documentário foi muito bonito”, completou.

O casal de professores Agda Aquino e Mateus Andrade foram juntos assistir à sessão e saíram também impactados. “A história das mulheres nos eventos sociais e históricos é marginal. Então, o filme mostra a versão feminina do que aconteceu com elas e mostra como elas têm um jeito diferente de resistir”, disse Agda. “O filme é muito bem conduzido pela diretora e ela consegue extrair coisas delicadas. Tudo isso sensibilizou a gente”, completou Mateus.

O olhar da direção - A diretora do filme Sussanna Lira esteve presente na sessão. Foi muito abraçada e aplaudida pelo público e destacou a vinda e a estreia na Paraíba. “ Eu já tinha tido uma experiência incrível com ‘Clara Estrela’, no ano passado e sempre digo que foi a melhor sessão. Todo mundo cantou junto e eu saí em êxtase. O público paraibano é interessado e muito acolhedor. A recepção foi excelente e surpreendente. O filme encontrou seu público. E eu vi o público do filme no cinema”, emocionou-se.

O Festival – Até o dia 12 de dezembro, o 13º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro conta com uma programação diversificada, com debates, oficinas e exibições de mais de 30 filmes, todos gratuitos. O evento tem patrocínio Master do grupo Energisa, co-patrocínio do Armazém Paraíba e apoios da UFPB e da CGU. O site completo é www.festaruanda.com.br e no perfil do Instagram @festaruanda


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